quinta-feira, 29 de março de 2012

vingança: governo de minas nega merenda a professor

vingança: governo de minas nega merenda a professor

É tomado pelo sentimento revanchista que o Governo de Minas (é, ele mesmo, o governo de Aécio Neves e Antônio Anastasia, aquele das belas propagandas na TV) resolveu fiscalizar o que os professores comem nas escolas.
Quem mandou a categoria organizar uma greve histórica em 2011? Quem mandou a categoria reivindicar seus direitos? Quem mandou a categoria divulgar que o Governo de Minas não cumpre a lei federal que institui o piso salarial nacional?
A vingança mesquinha do Governo de Minas não tardou. Depois de atrasar salários e tentar colocar a sociedade contra a categoria, usando dinheiro público para divulgar mentiras sobre a situação da educação em Minas Gerais na TV, nos jornais e no rádio, agora as escolas públicas do Estado não podem oferecer aos professores a merenda feita diariamente. Nem o cafezinho feito com o pó, a água e o gás da escola está permitido!
É preciso destacar que a lei NÃO proíbe o consumo da merenda pelosprofessores e que  o Governo de Minas NÃO oferece ticket alimentação aos professores.
 
do O Tempo

Merenda é negada a professor

 
Segundo Secretaria de Educação, regra sempre existiu, mas não era fiscalizada
Publicado no Jornal OTEMPO em 27/03/2012
RAFAEL ROCHA
 
A falta de merenda para alunos – algo comum em épocas passadas – não é mais o problema. Agora são os professores de escolas estaduais que reclamam da proibição de comerem a merenda escolar. Segundo os educadores, as Superintendências Regionais de Ensino (SREs) estão apertando o cerco sobre a alimentação comprada com dinheiro público e chegam a impedir até que os docentes tomem o cafezinho feito nas instituições de ensino.
 
Como não recebem tíquete-alimentação, os profissionais se alimentavam durante o trabalho com a mesma comida oferecida aos alunos. A partir deste ano, no entanto, por determinação das SREs, os professores têm que tirar dinheiro do pagamento para fazer o lanche ou a refeição no expediente. Comprar comida dentro da escola também é inviável, já que a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) mandou fechar os comércios que existiam em colégios.
 
O problema do uso da merenda por profissionais foi notado por membros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), durante visita a escolas mineiras, no ano passado. Embora não haja lei sobre alimentação escolar que proíba o consumo por professores, a SEE-MG emitiu ofício às SREs orientando que a prática é proibida. A alegação é que “o consumo é exclusivo dos alunos”.
 
Reclamações. A reportagem apurou que a insatisfação ocorre em várias cidades. Conforme a SEE-MG, a orientação vale para todo o Estado. Em Nova Era, na região Central, uma diretora que pediu para não ser identificada informou que a proibição sempre existiu, mas que agora houve aperto na fiscalização. “Isso criou um constrangimento, pois a secretaria informou que não podemos dar comida aos professores nem se a merenda sobrar”, disse. Ao todo, 23 escolas são vinculadas à SRE de Nova Era.
 
Em Itabira, no Vale do Aço, professores também não podem nem tocar na refeição fornecida pela escola. “Isso coloca os diretores contra professores e funcionários. Não recebemos vale-alimentação nem vale-transporte e muitos professores trabalham em dois turnos”, declarou uma professora.
 
Na mesma cidade, uma docente que trabalha na Escola Estadual José Ricardo Martins
 
Fonseca disse que sofre represálias há 15 dias. “Sempre pudemos comer a merenda. Antes, os diretores faziam vista grossa, mas agora os inspetores estão pegando no pé”.
 
O aperto na fiscalização ocorreu neste mês, após reuniões entre inspetores da SEE e diretores. Segundo uma professora que foi a um dos encontros, os diretores estão sujeitos a punições administrativas se descumprirem a ordem. A SEE nega que haja sanção.
 

Até cafezinho no intervalo das aulas chegou a ser proibido

 
A série de proibições impostas pelas Superintendências Regionais de Ensino (SRE) afetou até o cafezinho que os professores tomavam no intervalo das aulas. Segundo eles, os diretores os proibiram de consumir a bebida feita com recursos das escolas.
 
“No início do mês, fomos informados de que o café estava cortado. Então, tínhamos que levar de casa. Depois, disseram que nem o gás de cozinha das escolas poderíamos usar”, informou a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) em Itabira, Sandra Maria de Andrade. Segundo ela, a ordem foi revertida a favor dos professores após reivindicação dos docentes. “O Estado já não paga o piso nacional da educação, e agora mais essa”, continuou Sandra. Na cidade, são 15 escolas estaduais.
 
A Secretaria de Estado de Educação informou que o comunicado de alguma inspetora pode ter gerado a “polêmica”. O órgão alegou que os professores podem fazer seus lanches na escola, desde que não atrapalhem o funcionamento nem usem mão de obra das instituições de ensino. (RRo)




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